Porta -Bandeira
Com passos acertados,
Almas entrelaçadas
Risos, êxtase no olhar
Nudez de preconceito
Assim dançavam o mestre- sala -
Valente do samba ,perfeito
Ao som da cuíca, do pandeiro
E a pobre porta-bandeira
Que suou o ano inteiro
Em serviço bruto, pesado
Sem marido, desgraçado...
Abandonada com filho e a dor
Hoje nos movimentos levitantes
Pisa na passarela naqueles instantes
A fome, a miséria , o cansaço
Com os pés e o coração de aço
Fantasiada de uma deusa, rainha
Seduz a platéia e todo jurado
Num momento de entrega , pagão
Pra ela, um ritual sagrado
Que encanta qualquer cristão!
Benvinda Palma
Adm.SPP
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Wednesday, February 22, 2006
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