Monday, May 01, 2006

Operárias
Oprimidas
Pela vida
Pelo não
Pela luta
Pelo pão
Sete horas
Já é hora
De deixar
Filhos
Desnutridos
Maltrapilhos
Na escola
No frio
No vento
Na chuva
Viúva
Desamparada
Sem sonhos
Sem teto
Sem nada
À frente
A estrada
Quilômetros
A pé
Sem rodas
Sem leme
Sem direção
Apenas
sofreguidão
A Fábrica
De sonhos
Roubada
A fábrica
O carrasco
O suor
O cansaço
A dor
No final do mês
A decepção
Míseros trocados
Em suas mãos!

Bem-te-vi-Benvinda Palma
Adm.SPP
))§((

1 comment:

Anonymous said...

gostei muito da forma como você descreve o cotidiano sofrido desta operária, que poderiamos dizer, é a mimese do cotidiano das operárias.
adicionei seu blog ao meus links favoritos. Ha muito procurava um bom blog com boas poesias. Parece que encontrei.