Amanhece o dia,
alvorada no sertão
E longe....
Ou perto?
Ouço o canto melodioso
Do azulão,
Ah azulão amado!
Não te cansas nunca de cantar?
Alegrando o dia do homem sofrido
Que amiúde desperta contigo
Para o pão de cada dia ganhar!
Tu voas nos céus das matas e florestas
Riachos doces, brejos, sempre a cantar
Voas livre , feliz, mas com um receio
Que o laço do cruel passarinheiro
Venha a liberdade te roubar!
Mesmo trancafiado em um viveiro
Teu canto é sutil, doce, brejeiro
Mesmo com as asas cruelmente cortadas
Teus passos são altivos, faceiros
Para nunca deixar triste tua amada!
Às vezes me ponho a pensar:
Quanto canto de teu instrumento bico
Não ecoou para tirar, extirpar
A indolência, o torpor, a letargia,
A inércia do homem angustiado, aflito!
Oh pássaro encantador!
Tu cantas intermitentemente
Sempre em alto e bom tom
Seja em Sol, Lá ou Si, sem Dó!
Que é pra fazer brotar o amor
No coração dos que estão só!
Teu canto maravilhoso,
Teu canto harmonioso
Teu canto RENOVADOR!
Deixam os céticos , patéticos
Com pelo menos uma convicção
A mãe-natureza teve apenas intenção
Mas quem assina o projeto
É o grande e ilustre arquiteto
Nosso querido e amado SENHOR!
Benvinda Palma
Monday, February 06, 2006
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